Com os olhos fixados no horizonte,
a mente dispersa,
lágrimas rolavam na minha face,
sem que eu as conseguisse controlar.
Lá fora a chuva caia fortemente,
ouvia se ela bater contra o telhado,
os trovões e os relâmpagos a rasgarem o céu
em um barulho ensurdecedor.
meu coração acelera com a incrÃvel atracão
da natureza que me amedronta e me fascina,
e ao mesmo tempo me envolve com a sua força e beleza.
O vento que parece perdido soprando em várias direções,
o baloiçar das árvores que balançam loucas
como os meus pensamentos perdidos naquele temporal,
onde o dia parece noite, e todos se escondem
e se protegem de tamanha fúria,
diferente das tempestades fracas de verão
que só apetece tomar banho e brincar na chuva.
De repente a chuva se acalma,
e ouço apenas o barulho dos pingos
que caem das árvores e da casa,
e com ela cessa também o meu choro de emoção,
como se de uma belÃssima peça teatral se tratasse,
meu coração se acalma,
sinto um sorriso sereno no canto da boca,
em um estado de encantamento.
As nuvens se abrem lentamente clareando o dia,
apontando os primeiros raios de sol,
começando assim um novo espetáculo.
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